Quem nota o stress que paira à volta dos filhos?

Nos últimos anos, muitos pais têm afirmado que os seus filhos se descontrolam subitamente ou têm comportamentos estranhos, mas desconhecem o motivo pelo qual os filhos agem desta maneira, apenas dizem que quando eram pequenos eram diferentes. O autor sublinha que se os filhos ficam repentinamente estranhos, não é apenas um problema dos filhos, pois seguramente o que instiga o seu comportamento descontrolado ou anormal não é fruto de um só dia ou de um único acontecimento.

As expectativas dos pais são um grilhão difícil de suportar

Se os pais vissem os filhos como seres individuais e não apenas como a sua cópia ampliada ou a sua propriedade, naturalmente as expectativas e os seus sonhos não realizados não seriam transferidos para os filhos. Subconscientemente os filhos vão achar que têm a responsabilidade e o dever de satisfazer as necessidades dos pais, mas à medida que os filhos vão crescendo desenvolvem a sua forma de pensar, por conseguinte, os pais ficam com medo de perder o controlo dos filhos, e então fazem chantagem para diminuir o seu bem-estar.

Por exemplo quando éramos crianças, os pais diziam-nos: “Se não te comportares bem, vou abandonar-te”, quando íamos crescendo, diziam-nos: “Se não te comportares bem, vou falar com a tua professora”; deste modo, as crianças para obterem o reconhecimento dos pais e se sentirem melhor adaptam-se constantemente. As crianças ao viverem neste ciclo vicioso, quando se tornam adultos, ao serem inseridos num ambiente social e competitivo, sentem que não são suficientemente bons, dão demasiada importância ao que outros pensam, lentamente perdem a autonomia de pensar e de se expressar, e por fim perdem-se a si próprios.

O autor pretende alertar os pais para os seguintes pontos:

1. Não force o filho a tornar-se como você

Quando os pais têm sonhos não realizados, ou por terem sido influenciados pelos valores da sociedade, transformam os filhos numa fonte dos seus desejos, mas devem perceber que os filhos são seres individuais, devem substituir o desejo de controlo em inspiração e reconhecimento do esforço dos filhos, crescendo juntos.

2. Os filhos são seres individuais repletos de possibilidades

Os pais devem mudar consoante as diferentes fases de crescimento dos filhos, a certa altura devem largar a mão e deixar os filhos crescerem em liberdade, fazê-los ver que devem acreditar nas suas
escolhas, não importa se o resultado for positivo ou negativo, terão de arcar com as consequências das suas escolhas. Desta forma, os filhos realmente sentirão amor e viverão uma vida feliz e com sentido.

O texto supracitado foi fornecido pelo Centro de Apoio à Educação – Vida Triunfante da Caritas Macau

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